terça-feira, 29 de dezembro de 2009

29 de Dezembro, dia do Rei Davi


A igreja celebra hoje, 29 de dezembro a memória liturgica do Rei Davi. Essa festa é comemorada mais pela igreja no oriente, por isso que no ocidente ela não é tão difundida.

David ou Davi em hebraico significa דוד, literalmente "querido", "amado", no hebraico moderno Dávid, no hebraico tiberiano Dāwiḏ; em árabe: داود.

Filho de Jessé, da tribo de Judá, teria nascido na cidade de Belém e se destacado na luta dos Israelitas contra os Filisteus. Tornou-se rei, sucedendo a Saul e conquistou Jerusalém, que transformou em capital do Reino Unido de Israel.

A Biblia cita pela primeira vez Davi em I Samuel 16, 1-13 : "...era ruívo, de belo semblante e admirável presença. E Javé disse: Levanta-te e unge-o: é ele!..."

No antigo testamento a história de Golias e Davi também ganha importância. Quiz Deus mostrar ao seu povo eleito que os "pequenos" podem vencer as adversidades da vida, derrotando aqueles que se dizem invenciveis.

O novo testamento faz memoria a Davi, referindo a ele a descendência de Jesus : "...Ele será grande, será chamado filho do Altissimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai..." S.Lucas 1, 32. "...Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi..." S.Mateus 1,1. "...Filho de Davi tem compaixão de nós!..." S.Mateus 9,27.

A
festa liturgica de davi como foi dito antes, não é muito difundida na igreja no ocidente, apenas no oriente é que se vemos igrejas dedicadas ao Rei Davi.

Como o evangelista, ouçamos dizer :

"Filho de Davi olha para mim...."

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Euro será a moeda oficial do Vaticano a partir de 1º de Janeiro



O Escritório de Imprensa da Santa Sé deu a conhecer que se assinou em Bruxelas a Convenção monetária União Européia e o Estado de Cidade do Vaticano, com o que o euro será, a partir de 1 de janeiro de 2010, sua nova moeda oficial.

Em nome da Santa Sé assinou o documento o Arcebispo André Dupuy, Núncio Apostólico ante a União Européia, enquanto Joaquín Almunia, membro da Comissão Européia assinou-o por parte da União Européia.

Estas disposições substituem a Convenção monetária de 29 de dezembro de 2000.

sábado, 19 de dezembro de 2009

João Paulo II é declarado Venerável


O papa Bento XVI proclamou neste sábado (19) como "venerável" João Paulo II, após aprovar o decreto pelo qual são reconhecidas as "virtudes heróicas do servo de Deus" Karol Wojtyla, primeiro passo para a santidade do polonês, informou a Santa Sé.

O decreto foi aprovado durante a audiência concedida no Vaticano pelo prefeito regional da Congregação para a Causa dos Santos, o arcebispo Angelo Amato.


A assinatura do decreto não significa a imediata beatificação de Karol Wojtyla, já que ainda falta a aprovação por Bento XVI do milagre que leve à proclamação de seu antecessor como beato.


O ato, no entanto, representa o começo da contagem regressiva para a elevação de João Paulo II à glória dos altares, que pode acontecer, segundo os observadores vaticanos, em outubro do próximo ano, coincidindo com a data em que Wojtyla foi eleito pontífice, em 1978.

á em 17 de novembro, os cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos aprovaram essas "virtudes heróicas" de João Paulo II, e só se estava à espera de que Bento XVI assinasse o decreto.

Sobre o milagre, embora sejam várias as curas inexplicáveis atribuídas à intercessão de João Paulo II, o postulador da causa, o sacerdote polonês Slawomir Oder, escolheu a cura da freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria do Mal de Parkinson, a mesma doença de Wojtyla.


Após Bento XVI aprovar o milagre, só faltará escolher a data da beatificação.


O processo que levará João Paulo II aos altares foi aberto em 28 de junho de 2005 e começou em Roma, cidade onde morreu e de onde foi seu bispo durante 26 anos e meio.


A causa de beatificação foi aberta por desejo de Bento XVI sem esperar que se passassem cinco anos de morte, como estabelece o Código de Direito Canônico.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

18 de dezembro, dia de Nossa Senhora do Ó



Festa católica de origem claramente espanhola (surgiu em Toledo, Espanha), a festa de hoje é conhecida na liturgia com o nome de "Expectação do parto de Nossa Senhora", e entre o povo com o título de "Nossa Senhora do Ó". Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido. Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos. A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito; é o desejo inspirado e sobrenatural da "bendita entre as mulheres", que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade. Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Divina da Salvação do mundo.

As antífonas maiores que põe a Igreja nos lábios dos seus sacerdotes desde hoje até a Véspera do Natal e começam sempre pela interjeição exclamativa Ó ("Ó Sabedoria... vinde ensinar-nos o caminho da salvação"; "Ó rebento da Raiz de Jessé... vinde libertar-nos, não tardeis mais"; "Ó Emanuel..., vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus"), como expoente altíssimo do fervor e ardentes desejos da Igreja, que suspira pela vinda de Jesus, inspiraram ao povo espanhol a formosa invocação de "Nossa Senhora do Ó". É ideia grande e inspirada: a Mãe de Deus, posta à frente da imensa caravana da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e abre o coração enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor.

A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de Toledo, ilustre na História da Igreja pela dolorosa, humilde, edificante e pública confissão de Potâmio, Bispo bracarense, pela leitura do testamento de São Martinho de Dume e pela presença simultânea de três santos de origem espanhola: Santo Eugênio III de Toledo, São Frutuoso de Braga e o então abade agaliense Santo Ildefonso.

Primeiro comemorava-se hoje a Anunciação de Nossa Senhora e Encarnação do Verbo. Santo Ildefonso estabeleceu-a definitivamente e deu-lhe o título de "Expectação do parto". Assim ficou sendo na Hispânia e passou a muitas Igrejas da França, etc. Ainda hoje é celebrada na Arquidiocese de Braga.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

17 de dezembro, dia de São Lázaro




A Igreja, neste tempo do Advento, se prepara para celebrar o aniversário de Jesus e se renova no desejo ardente de que Cristo venha pela segunda vez e instaure aqui o Reino de Deus em plenitude. Sem dúvida estão garantidos para este reinado pleno, que acontecerá em breve, os amigos do Senhor.

Hoje vamos lembrar um destes amigos de Cristo: São Lázaro. Sua residência ficava perto de Jerusalém, numa aldeia da Judéia chamada Bethânia. Era irmão de Marta e de Maria. Sabemos pelo Evangelho que Lázaro era tão amigo de Jesus que sua casa serviu muitas vezes de hospedaria para o Mestre e para os apóstolos.

Lázaro foi quem tirou lágrimas do Cristo, quando morreu, ao ponto de falarem: "Vejam como o amava!". Assim aconteceu que, por amor do amigo e para a Glória do Pai, Jesus garantiu à irmã de Lázaro o milagre da ressurreição: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morto, viverá: e quem vive e crê em mim, não morrerá, Crês isto?" (Jo 11,26).

O resultado de tudo foi a ressurreição de São Lázaro, pelo poder do Senhor da vida e vencedor da morte. Lázaro reviveu e este fato bíblico acabou levando muitos à fé em Jesus Cristo e outros começaram a pensar na morte do Messias, como na de Lázaro. Antigas tradições relatam que a casa de Lázaro permaneceu acolhedora para os cristãos e o próprio Lázaro teria sido Bispo e Mártir.

Por que rezar pelos mortos ?


No 2º livro dos Macabeus, capítulo 12, versículos 43 ao 46 diz o seguinte : "Tendo feito uma coleta mandou 2 mil dracmas de prata a Jerusalém para se oferecer um sacrifício pelo pecado. Obra bela e santa, inspirada pela crença na ressurreição, porque se ele não esperasse que os mortos haviam de ressuscitar, seria coisa supérfula e vã orar pelos defuntos. Ele considerava que aos falecidos na piedade está reservado uma grandíssima recompensa. SANTO E SALUTAR ESSE PENSAMENTO DE ORAR PELOS MORTOS, para que sejam livres dos seus pecados."

Por isso, São Paulo na 2ª Epístola a Timóteo, cap.1, versiculo 18 assim ora a Deus pelo amigo Onesífero: "Que o Senhor lhe conceda a graça de obter misericórdia do Senhor naquele dia".

Os Santos, Papas e Doutores da Igreja também recomendam a oração para os fiéis defuntos :

Tertuliano (220) Bispo de Cartago

"A esposa roga pela alma de seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressureição; oferece sufrágio todos os dias aniversários de sua morte". (De monogamia, 10)

Tertuliano atesta o uso de sufrágios na liturgia oficial de Cartago, que era um dos principais centros do Cristianismo no século III:
"Durante a morte e o sepultamento de um fiel, este fora beneficiado com a oração do sacerdote da Igreja".

São
Gregório Magno (540/604) Papa e Doutor da Igreja

"No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificados, segundo o que afirma Aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver cometido uma blasfêmia contra o Espirito Santo, não lhe será perdoada nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Dessa afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro." (dial. 4,39)

São João Crisóstomo (349/407) Bispo e Doutor da Igreja

"Levemos-lhe socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelos sacrifícios de seu pai (Jó 1,5), porque duvidar ue as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles." (Hom. 1Cor 41,15)

Também, nas celebrações Liturgicas da Santa Missa, a Igreja Ora pelos defuntos :

"Lembrai-vos também dos que morreram na paz do vosso Cristo e de todos os mortos dos quais só vós conheceis a fé." (Oração Euc. IV)
"Lembrai-vos também dos nossos irmãos e irmãs que morreram na esperança da ressureição e de todos os que partiram dessa vida : acolhei-os junto a vós na luz da vossa face." (Oração Euc. II)Negrito
"Lembrai-vos dos nossos irmãos e irmãs...que adormeceram na paz de vosso Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé só vós conhecestes: acolhei-os na luz da vossa face e conceda-lhes, no dia da ressureição, a plenitude da vida." (Oração Euc. VI/A)
"Ó Pai, sabemos que sempre vos lembrais de todos. Por isso, pedimos por aqueles que nós amamos...e por todos os que morreram em vossa paz." (Oração Euc. IX/ crianças 1)

Catecismo da Igreja Católica

" Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primeros da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos..."(CIC, 958)

"A nossa oração por eles [no Purgatório] pode não somente ajudá-los, mas também torna eficaz a sua intercessão por nós." (CIC, 958)

Portanto, os católicos rezam pelos mortos, porque, com a Bíblia e toda a tradição, desde os tempos apostólicos, crêm na existência do Purgatório.

Se os mortos não interessam pelos vivos, como explicar que aquele rico nos tormentos do inferno suplicasse a Abraão que enviasse Lázaro a seus cinco irmãos ainda vivos, para convencê-los a mudar de vida e evitar virem, por sua vez, áquele local de tormento ? (S.Lucas 16, 27) Como podia Abraão ignorar o que se passava aqui na terra, visto que sabia terem os vivos Moisés e os profetas, isto é, seus livros, e que se seguindo escapariam os tormentos do inferno ?

Os anjos, que velam sobre as coisas desse mundo, podem também lhes revelar alguns pontos julgados convenientes a cada um por aquele que tudo governa. Pois se os anjos não tivessem o poder de estarem presentes na morda dos vivos e dos mortos, o Senhor Jesus não teria dito: "Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão." S.Lucas 16, 22.


A oração pelos fiéis defuntos é e sempre foi licita na Igreja, desde os apóstolos até os dias de hoje.





domingo, 13 de dezembro de 2009

Doutor místico da Igreja


A igreja celebra hoje a data de um dos seus mais importantes santos: São João da Cruz. Nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos: Francisco, Luís e João. Mas Luís morreu de poucos anos.

João de Yepes (era este o seu nome de batismo) mostrou-se inclinado para os estudos. A mãe envia-o para o Colégio da Doutrina e, em 1551, os Padres Jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro comercial de Castela). Nele, São João da Cruz estudou Ciências Humanas.

Com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita na qual pede o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos hospitais, servindo de enfermeiro. Chamar-se-á para o futuro João de Santa Maria. Devido ao talento e à virtude, depressa foi destinado para o colégio de Santo André, que a Ordem possui em Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali, São João da Cruz estudou Artes e Teologia. Foi neste colégio o "prefeito dos estudantes", o que indica o seu aproveitamento e a estima em que era tido. Em 1567 recebeu a Ordenação Sacerdotal.

Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para ir para os Cartuxos mas, felizmente, encontrou-se com a reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D'Ávila, que tinha recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. João empenhado na reforma conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências. Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu escapar.

São João da Cruz transformou em Deus todos as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos. Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro, força para trabalhar e sofrer muito; segundo, não sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro, morrer desprezado e escarnecido pelos homens.

Pregador, místico, escritor e poeta, São João da Cruz faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi canonizado no ano de 1726 e, em 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja. Escreveu obras bem conhecidas como: Subida do Monte Carmelo, Noite escura da alma (estas duas fazem parte de um todo, que ficou afinal por terminar), Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itinerário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens debaixo de todos os aspectos.

São João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia, da Igreja, o representante principal da sua mística no mundo, a figura mais egrégia da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi tomado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava até muito longe.

Natal e o mistério da Igreja


A Igreja está em foco … nos jornais, nas revistas, nas conversas informais… Muitos a admiram, apontando o seu esforço de atualização concretizado em medidas para transmitir hoje de maneira nova as eternas verdades do Evangelho… Outros, porém, a criticam, pois nela vêem abusos e deficiências da parte de ministros e de fiéis que mais deveriam primar pela fé e a dignidade. Em conseqüência da sua decepção, muitos fiéis católicos são propensos a abandonar a Igreja, professando um Cristianismo individual, descomprometido de qualquer institucionalização…

Compreendemos o drama íntimo daqueles que, amando o Cristo, sofrem por verificar que nem sempre os discípulos do Senhor Lhe dão lúcido testemunho. A tais fiéis católicos será oportuno lembrar algo que o tempo de Natal - mais uma vez recém-vivido por nós - incute fortemente, a saber: o mistério da Encarnação ou do Deus feito homem e desfigurado sob a fragilidade humana é o mistério central da fé cristã; com efeito, o cristão tem seu referencial em Cristo, que é Deus feito homem,… Deus que quer vir aos homens através do humano, ocultando a Eternidade sob a forma de realidades temporais, encobrindo a riqueza divina com os véus da fragilidade e da pobreza do homem. Ele podia não ter procedido assim: ter-se-ia então dado aos homens de maneira direta e fulgurante… Mas, se à Sabedoria Divina aprouve servir-se do que é pequeno e abjeto para transmitir o que é grande e divino (cf. 1Cor 1,27s), ao cristão toca aceitar este desígnio com todas as conseqüências que ele acarreta. Isto quer dizer que toda a história das comunicações de Deus aos homens será a continuação do mistério da Encarnação.

Certa vez, João Batista, tendo mandado perguntar a Jesus se Este era realmente o Messias aguardado, recebeu a seguinte resposta:

“Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados. E bem-aventurado aquele que não se escandalizar a meu respeito !” (Mt 11, 4-6).

Com estas palavras, Jesus aludia aos prodígios que Ele ia realizando em sinal da sua natureza divina; Ela renovava as criaturas, restaurava os elementos deteriorados pelo pecado … Mas predizia que Ele seria escandaloso… como ? - Sim; havia de ser pregado à cruz,… desafiado para que desta se desprendesse como havia salvo a tantos durante o seu ministério público (cf. Mt 27, 39-43). E, não obstante, Ele não se moveria, deixando-se morrer como que inepto e vencido sobre o patíbulo. A fraqueza de Cristo, imprevista e surpreendente, desconsertaria a muitos, provocando a fuga dos próprios discípulos, exceto João. Todavia o Senhor crucificado era o Rei da glória, voluntariamente desfigurado, mas portador da vida divina que ressuscitaria seu corpo três dias depois! Felizes, portanto, aqueles que não se escandalizassem a seu respeito!

Ora sorte semelhante toda à Igreja instituída pelo próprio Cristo para ser seu Corpo prolongado (cf. 1Cor 12). Ele a concebeu segundo o mistério ou a lei da Encarnação. Isto significa que Ele haveria de dar à sua Igreja o poder de fazer prodígios,… prodígios de renovação dos homens e da história… Sim; foi a Igreja, entregue a homens rudes, que enfrentou o pujante Império Romano, sofreu as perseguições deste, mas acabou por vencê-lo, como atestava o Imperador Juliano o Apóstata (361-363): “Venceste, Galileu!” Foi a Igreja que salvou das ruínas os tesouros da cultura greco-romana e os entregou aos povos bárbaros; foi a Igreja que, mediante o mundo ocidental ou, simplesmente, o mundo inteiro… A Igreja, mesmo nas fases de crise mais aguda, sempre encontrou em sua vitalidade própria o fermento para revigorar suas forças.

Todavia da Igreja também se pode e deve dizer aquilo que Cristo afirmou de Si: “Feliz aquele que não se escandalizar a seu respeito!” Recoberta pela fragilidade humana, a Igreja traz as marcas da deficiência dos seus filhos, ora mais, ora menos patentes. Todavia a Igreja continua contendo em si a força de Deus para a santificação dos homens (cf. 2Cor 12,10); a fragilidade dos filhos da Igreja é incapaz de esvaziar a riqueza dos meios de santificação que Cristo nela depositou e que, passando por mãos limpas ou sejas, são sempre entregues impolutos a quem os procura na fé.

Estas verdades são de importância fundamental para os fiéis que sofrem em seu íntimo as repercussões de episódios dolorosos… O Natal, recém-celebrado, veio avivar no povo de Deus a consciência do grande desígnio do Pai que se manifesta tanto no presépio de Belém como na história da Igreja. Possa esta consciência orientar os fiéis católicos durante todo o ano de 1978!

Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”

Nº 217, Ano 1978, Página 1.


Fonte: Blog do Professor Felipe Aquino

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Olá amigos e irmãos em Cristo, a paz a todos !!!!

É com muita alegria que a partir de hoje o nosso Blog está no ar levando noticias sobre a Igreja para nossos amados irmãos.

Espero que gostem de nosso conteudo, que levará muita informação sobre Doutrina, Teologia, Magistério e História da Igreja e de seus Santos.

Abraços a todos!!!